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As situações de rejeição de implantes dentários são excepções, verificando-se em casos muito raros. O material utilizado no fabrico dos implantes dentários mais recorrentes é o titânio que é altamente biocompatível, sendo de fácil integração e absorção pelo organismo.

Geralmente, as situações de rejeição de implantes estão relacionadas com maus procedimentos médicos, seja antes, durante ou após a cirurgia, e com maus hábitos do paciente, nomeadamente o vício do tabaco ou o descuido na higiene oral.

A importância do processo de ósseo-integração

Determinante para o sucesso de qualquer implante dentário é o chamado processo de ósseo-integração, ou seja, a junção perfeita entre osso e implante. No fundo, é o processo de adaptação do organismo a um corpo estranho.

Na rejeição imunológica de um implante o organismo procura livrar-se de um corpo estranho, seja destruindo-o, seja removendo-o, com o intuito de defender a integridade interna.

O titânio, como referido acima, é um material altamente reabsorvível pelo organismo, factor que determina o seu uso na elaboração de implantes dentários. Pelo que os eventuais problemas ocorridos no processo de ósseo-integração não são tanto afectados pela presença do corpo estranho em si – a não ser em casos excepcionais, relacionados com factores genéticos ou com características clínicas específicas de certos pacientes -, mas por outros factores que poderão perturbar o tecido ósseo.

Factores que contribuem para a rejeição de um implante

Há diversas situações que, ora isoladamente, ora em conjunto, podem levar à perda de um implante dentário por rejeição.

A sobrecarga ou uma pressão desmedida sobre o implante, por via da mastigação, por exemplo, uma infecção, a má higiene bucal, a mobilidade do implante por causa da sua má colocação, a perda ou atrofia óssea, a própria qualidade dos implantes, bem como uma técnica indevida utilizada pelo médico-cirurgião podem contribuir para o insucesso deste tipo de procedimento.

Os pacientes fumadores também terão mais hipóteses de sofrerem uma rejeição, pois o uso continuado do tabaco promove problemas de irrigação sanguínea nas extremidades da boca, o que poderá perturbar o processo de ósseo-integração do implante.

Sinais de alarme

Caso tenha colocado um ou mais implantes dentários, deve estar atento aos seguintes sinais que poderão contribuir para uma rejeição ou, pelo menos, indicar que algo está a correr mal com o procedimento:

– A dor na região do implante é um sinal a que importa estar muito atento, pois não é normal que o paciente sinta sensações dolorosas;

– A mobilidade do implante pode ser uma indicação de que a rejeição está para ocorrer. Para o êxito completo de um implante dentário, é essencial que este não se desloque do local onde foi colocado;

– A hiperestesia (sensibilidade extrema) e/ou a parestesia (perda de sensibilidade) podem ser sinais de que o implante ficou instalado demasiado perto do nervo, o que não será um bom indicador;

– A presença de pus e de outro tipo de secreções não é normal quando a implantação esteja a correr bem, sendo assim outro sinal de alarme a considerar.