Os implantes dentários zigomáticos são uma técnica inovadora, no âmbito da medicina dentária, que visa resolver os problemas da implantologia no domínio dos pacientes que apresentam problemas na sua estrutura óssea. Trata-se, assim, de uma alternativa aos implantes dentários convencionais, habitualmente fixados na estrutura óssea do paciente.
No implante dentário zigomático, conforme o nome indica, a fixação é feita nos ossos zigomáticos, isto é, nos ossos da face do paciente ao invés dos ossos maxilares.
Tipo de pacientes que precisam de implantes dentários zigomáticos
Este tipo de procedimento está particularmente indicado para pessoas que apresentem atrofia óssea ou elevadas perdas ósseas na zona da maxila, o que complica a colocação dos implantes dentários convencionais. Estas anomalias podem ser fruto das características intrínsecas do paciente ou resultar de uma enxertia óssea mal sucedida, de um acidentes ou mesmo de doenças periodontais.
Normalmente, o paciente tipo tem idade superior a 50 anos e perdeu os dentes há algum tempo. A falta de dentição motiva a absorção da estrutura óssea por parte do organismo.
Vantagens desta nova técnica de implantologia
Antes de mais, os implantes dentários zigomáticos permitem resolver aquele que é um problema sério, no domínio da saúde dentária, e que se trata das atrofias e perdas ósseas. Esta nova técnica permite devolver ao paciente a estabilidade adequada que permitirá a colocação dos dispositivos mecânicos (tais como os parafusos de titânio) que servirão de base para os implantes dentários.
É também um procedimento que exige menor tempo de cirurgia e menores possibilidades de novas operações, ao contrário do que acontece nas intervenções para colocação de enxertos ósseos. De resto, a colocação de implantes zigomáticos poderá mesmo excluir qualquer necessidade de enxerto ósseo, ou diminuir consideravelmente essa necessidade. O tratamento e o pós-operatório são, assim, muito mais acelerados e menos dolorosos.
A intervenção para implantação zigomática poderá ser feita sob anestesia local e, à partida, não exige o internamento hospitalar. Trata-se assim de um procedimento muito menos agressivo para o paciente, permitindo uma recuperação mais fácil e mais rápida.
Os profissionais do sector indicam ainda que esta técnica concede maior estabilidade do implante no osso. Os implantes zigomáticos são fixados no osso da maçã do rosto, muito mais resistente do que o osso maxilar, e são muito maiores do que os implantes dentários convencionais. São, desta forma, muito mais sólidos e apresentam uma durabilidade mais alargada.
Cirurgia bastante complexa
Apesar de todas as vantagens enunciadas, é preciso constatar que este tipo de cirurgia é bastante complexo. Requer aos profissionais que a praticam grande experiência e conhecimentos multidisciplinares que vão desde a cirurgia maxilar facial e à implantologia em geral, de modo a que seja um absoluto sucesso.
Assim, antes de se sujeitar a um procedimento tão difícil e complicado, é pertinente que trate de retirar todas as dúvidas com o médico-cirurgião que o operará, designadamente quanto a sua própria experiência neste domínio. Quanto mais prática tiver o profissional neste tipo de intervenção, melhor saberá executar a técnica e melhores serão os resultados obtidos.