A intervenção cirúrgica para a colocação de implantes dentários não é demasiado agressiva para o paciente e pode até realizar-se sob anestesia local, porém exige cuidados específicos no pós-operatório e algumas reservas alimentares, nos primeiros dias. Dependendo da extensão da cirurgia e das situações em causa, será conveniente apostar numa alimentação líquida e/ou mole nos dias subsequentes ao procedimento.
É importante realçar que será o médico a determinar a dieta alimentar mais conveniente para cada caso, podendo designar mais restrições em certos casos e menos rigor noutros. Todavia, decorridos cerca de 15 dias após a cirurgia, em média, a maioria dos pacientes poderá recuperar uma mastigação mais ou menos regular, embora sempre com alguns cuidados, de modo a preservar a integridade dos implantes dentários.
Dieta progressiva
O cenário mais habitual, para a larga maioria dos casos, impõe uma dieta progressiva aos pacientes. Assim, no primeiro dia após a intervenção cirúrgica, será recomendável que se proceda a uma alimentação líquida e fria – essencialmente sumos e gelados batidos com leite. O factor frio é determinante para ajudar na prevenção do edema (o inchaço) que se pode formar fruto da agressividade de qualquer tipo de cirurgia.
No segundo dia é possível já integrar as sopas ou receitas similares, de consistência mais pastosa, mas ainda mole ou líquida. Poderão também ser alimentos mornos e já não frios.
Gradualmente, a alimentação tenderá a evoluir para o âmbito da normalidade, mas nalguns casos a alimentação líquida ou mole deve manter-se durante cerca de 15 dias.
Implantes dentários com carga imediata
Na técnica dos implantes dentários com carga imediata, em que o paciente sai do consultório do dentista já com uma prótese provisória ou permanente, o processo de mastigação poderá ser recuperado mais depressa do que noutros casos. Estas próteses utilizam-se precisamente para proteger os implantes dentários de quaisquer atritos, designadamente das forças motivadas pelo processo de mastigar os alimentos.
Todavia é preciso salientar que, em todos os casos, é fundamental manter os cuidados na mastigação ao longo dos cerca de três a quatro meses que dura o processo de cicatrização dos implantes dentários – o chamado processo de ósseo-integração que permite a junção perfeita entre o implante e o osso.
Boa cicatrização é essencial para o sucesso da operação
Nos primeiros dias após a cirurgia, o médico-cirurgião poderá recomendar ao paciente que não utilize a sua prótese dentária (no caso das próteses removíveis) para a mastigação. Assim, deverá efectuar-se uma alimentação líquida e/ou mole que não afecte, de modo algum, a estabilidade dos implantes dentários.
É essencial que os implantes se mantenham no lugar onde são colocados, sem quaisquer movimentos ou deslocações, para que o procedimento seja bem-sucedido no fim. E os primeiros dias são determinantes para esse desiderato, uma vez que a zona intervencionada está mais fragilizada, e por isso é preciso que não haja qualquer tipo de pressão sobre a área onde estão os pontos da cirurgia. Mastigar alimentos sólidos seria o bastante para perturbar o processo de cicatrização e motivar, designadamente, a ruptura dos pontos ou a deiscência (a retracção) da gengiva.
Implantes dentários melhoram a mastigação
Passados os três a quatro meses que, em média, são necessários para a solidificação dos implantes dentários, o paciente poderá proceder a uma alimentação absolutamente normal. Aliás, os implantes dentários concedem aos seus portadores uma força de mastigação muito superior à que se tem com o uso de uma dentadura, por exemplo.