A colocação de implantes dentários não é um procedimento imediato, que se faz numa única consulta ao dentista, sem mais incómodos! Trata-se de uma técnica que requer vários meses entre o planeamento e a execução final, para conseguir o êxito desejado.
Ora atente nas etapas fundamentais que se desenrolam no processo de colocação de implantes dentários:
1.ª Fase: Planeamento
É, porventura, a fase mais importante de todo o processo, durante a qual se realizam todos os exames radiográficos necessários, bem como outros, para apurar as condições exactas da condição do paciente. É importante, designadamente, verificar se este tem a quantidade de osso suficiente no local onde se pretende colocar o implante para garantir o êxito da operação.
O profissional que vai operar o paciente deverá avaliar o estado geral dos seus dentes, das suas gengivas, das mucosas, da língua, dos músculos da mastigação, bem como avaliar os padrões da sua mordida e a sua saliva. Igualmente deverá atestar os hábitos de higiene do paciente, procurando instruí-lo para a necessidade de cuidar particularmente deste aspecto depois da colocação dos implantes.
Esta etapa é determinante para que o dentista decida o tipo de prótese que será mais adequado para o caso em apreço, bem como também para escolher o número, a distribuição e localização ideal e tamanho dos implantes.
Caso se diagnostiquem doenças das gengivas, cáries, infecções, acumulação de placa bacteriana, entre outros problemas bucais, o profissional médico deverá dirimi-los antes de partir para a fase cirúrgica.
2.ª Fase: Colocação dos implantes
Trata-se da primeira fase cirúrgica da operação global de colocação de implantes dentários. Nesta parte do processo o médico-cirurgião vai fixar os implantes no osso, enfim, colocará as raízes artificiais que suportarão a prótese dentária.
A intervenção cirúrgica faz-se sob anestesia local, com recurso a brocas especiais, e incisões na área das gengivas. Após as necessárias horas de recuperação, o paciente terá alta e poderá, dois a três dias depois, colocar uma prótese provisória até à confecção da prótese final. Em certas situações, quando os implantes sejam em zonas pouco visíveis, o médico poderá recomendar que não se utilize qualquer prótese.
3.ª Fase: Reabertura dos Implantes
Nesta segunda fase cirúrgica, que decorre, em norma, cerca de quatro meses depois da primeira, o médico-cirurgião procede a uma pequena abertura na gengiva para colocar o pilar do implante, ou seja, a parte do mecanismo que unirá a raiz artificial à coroa dentária (o futuro dente).
4.ª Fase: Moldagem dentária
Neste capítulo são feitos os modelos de gesso da boca do paciente, com os implantes colocados nos locais adequados. Esta fase só ocorre depois da cicatrização da gengiva, sendo necessário colocar pinos de moldagem para execução dos modelos.
5.ª Fase: Elaboração de próteses provisórias
As próteses provisórias serão feitas em acrílico, na mesma cor dos dentes naturais. A sua elaboração visa estimular a maturação óssea em torno das raízes artificiais.
6.ª Fase: Colocação das próteses definitivas
Os dentes previamente moldados na boca do paciente são finalmente colocados sobre as raízes artificiais, sejam aparafusados ou cimentados, conforme o método e o tipo de prótese escolhidos pelo médico dentista em conjugação com o paciente.
Caso seja necessário, nomeadamente para efectuar algum reparo na porcelana da coroa dentária ou para proceder a um qualquer tratamento gengival, o dentista poderá remover os dentes artificiais. Aliás, é recomendável que, pelo menos uma vez por ano, se proceda a essa remoção para manutenção e polimento.
É ainda preciso notar que, depois de todas estas etapas, o paciente não se livra de ir ao dentista para avaliações periódicas dos seus implantes dentários.