Os implantes dentários são, genericamente, parafusos de titânio que são fixados no osso do paciente, onde não haja dentes, e que têm como principal função substituir a raiz do dente e, assim, servir de base para uma prótese fixa.
A dentição fica, deste modo, com uma aparência natural e o paciente usufrui de todas as propriedades inerentes aos dentes, o que significa que vivenciará melhores condições de saúde. Mas para que isso aconteça é essencial que se dê a devida junção entre o osso e o implante – a chamada ósseo-integração.
O que é a ósseo-integração?
De uma forma simplista, a ósseo-integração é a união plena entre o osso e o titânio, o material habitualmente utilizado nos implantes. O titânio é altamente biocompatível, o que significa que é facilmente absorvível pelo organismo, factor que propicia a ósseo-integração.
Quando se coloca um implante dentário, instalam-se células sanguíneas e uma rede de fibrina em torno dele. Esta circunstância motiva a que os chamados osteoplastos (células que formam os ossos) se multipliquem na superfície do implante, o que suscita a sua imobilização. É a isto que se chama a ósseo-integração.
Quando a ósseo-integração de um implante não ocorre, verifica-se a sua rejeição. Assim, será preciso retirá-lo e substituí-lo por um novo implante.
Quanto tempo demora a ósseo-integração?
O processo de ósseo-integração decorre, em média, por um período de dois a seis meses. Todavia, tudo depende de caso para caso. É necessário que seja o médico dentista a determinar se a integração plena entre titânio e osso já se verificou.
Em termos clínicos, considera-se que a ósseo-integração está concluída desde que não se denote qualquer movimentação entre o implante e o osso adjacente quando sejam submetidos a cargas, designadamente fruto da mastigação.
Só depois de totalmente concluída a ósseo-integração é que se pode proceder à junção da prótese dentária fixa ao implante. A não ser nos casos em que se escolha a técnica de implante dentário com carga imediata, em que o paciente sai do consultório já com a prótese instalada.
Factores de risco na ósseo-integração
A prática médica neste domínio reconhece grande sucesso na técnica dos implantes dentários, verificando-se poucos casos em que o procedimento falha fruto de complicações relacionadas com a ósseo-integração.
O titânio é usado como material privilegiado na elaboração dos implantes precisamente pelas suas propriedades de biocompatibilidade. O uso de outro tipo de materiais, menos nobres, poderá complicar esse processo de ósseo-integração.
Há também outros factores que poderão contribuir para complicar ou impossibilitar a ósseo-integração, designadamente a genética e o estado de saúde do paciente. A quantidade e qualidade óssea do paciente é outro factor de risco.
Todavia, a maioria das situações de fracasso ou de dificuldade no domínio da ósseo-integração é devida a maus hábitos do paciente ou a comportamentos irresponsáveis. Entre alguns exemplos disso estão a limpeza descuidada do local da cirurgia, o uso incorrecto de próteses sobre a área intervencionada, mastigar com demasiada força sobre o implante pouco depois da sua colocação e o ranger ou apertar dos dentes implantados.