A técnica dos mini-implantes dentários é, desde há bastante tempo, utilizada no âmbito da ortodontia dentária, para corrigir determinados problemas nos dentes, tais como a mordida cruzada e a intrusão de dentes incisivos e posteriores. Fruto dos avanços da medicina dentária, é um procedimento que actualmente também se usa no apoio às chamadas sobre-dentaduras, permitindo uma fixação melhor das próteses dentárias removíveis, garantindo assim uma maior estabilidade das mesmas.
Como funcionam?
Os mini-implantes dentários são, geralmente, elaborados em titânio, com diâmetros variáveis entre 1,2 a 2,0 milímetros, e comprimento entre 4 a 12 milímetros. Podem dividir-se em mini-implantes de cabeça, de perfil transmucoso e de ponta activa, conforme os fins para que sejam utilizados e as técnicas de colocação utilizadas, bem como o local onde ficarão instalados.
A fixação dos mini-implantes é feita no tecido ósseo por via das roscas que os constituem; o topo é composto de uma esfera que fica exposta, na boca, e que servirá para encaixar as próteses, seja para fins ortodônticos ou para substituição de dentes em falta, por via de dispositivos específicos (molas, elásticos, etc.).
São chamados de dispositivos transitórios de ancoragem que permitem a movimentação selectiva de determinados dentes, sem que os restantes sejam afectados, e a aplicação de forças contínuas de modo mais eficiente.
O procedimento é relativamente rápido e pode ser feito com anestesia local.
Solução mais barata do que os implantes dentários
A técnica dos implantes dentários ainda é bastante dispendiosa, constituindo assim os mini-implantes uma solução alternativa bem mais acessível.
O preço é uma das grandes vantagens do procedimento dos mini-implantes dentários. Esta técnica, também pela sua fácil e aplicação e por se tratar de uma cirurgia pouco demorada, torna-se assim uma solução bem mais confortável a todos os níveis para o paciente.
Técnica de fácil aplicação
Os mini-implantes dentários são também uma técnica de fácil colocação e de fácil remoção, o que beneficia o conforto dos pacientes. Além disso, costumam ser bastante bem tolerados pelos visados pelo tratamento, apresentando bons resultados tanto a nível das correcções ortodônticas como na restauração de dentaduras completas.
Constitui assim uma solução que, além de bastante económica, se apresenta também com uma boa eficácia.
Quando o mais pequeno traz benefícios
Uma das grandes vantagens desta técnica é o tamanho reduzido dos mini-implantes que permite a sua colocação em diversos locais, seja a nível da maxila, seja na mandíbula ou no palato. Podem ser colocados em espaços bastante pequenos, mas é imprescindível que se realize uma avaliação clínica cuidada de cada caso para determinar qual o melhor local para a sua colocação.
Só através da realização de radiografias periapicais e panorâmicas, a par do conhecimento da história clínica do paciente, será possível concluir qual será o local ideal para a instalação dos mini-implantes. Em função dessa escolha, será então determinado o tamanho e o diâmetro dos mini-implantes.
Cuidados fundamentais
Depois da colocação dos mini-implantes é fundamental não exercer nenhum tipo de pressão exagerada sobre estes.
Fundamental ainda é manter uma boa higiene da boca, com a escovação diária dos dentes e a utilização de fio dental. Para limpar a zona em torno da cabeça do mini-implante é pertinente utilizar uma escova periodontal ultrasuave, efectuando a operação com maior delicadeza.
Os bochecos com substâncias apropriadas para a lavagem da boca são também recomendados.